Práticas discursivas e mí­dium: planos discursivos que afetam os modos de enunciação na interação entre empresas e consumidores

Autores

  • Murilo Coelho de Moura Universidade Federal do Pará (UFPA)
  • Fátima Cristina da Costa Pessoa Universidade Federal do Pará (UFPA)

DOI:

https://doi.org/10.22297/DL.V6I2.2679

Palavras-chave:

Prática discursiva, Mí­dium, Sites de redes sociais

Resumo

Considerando que a popularização dos sites de redes sociais nas últimas décadas redefiniu a forma como nos relacionamos em sociedade, propomos uma reflexão sobre as práticas discursivas em que atuam empresas e consumidores no Facebook e o modo de enunciar afetado pelas novas possibilidades de interação em plataforma digital. Apoiados na Análise do Discurso francófona, mobilizamos a noção de prática discursiva e mí­dium, conforme propõe Maingueneau (1997, 2008), por entendermos que é relevante investigar esses processos pelas lentes da articulação entre a dimensão linguí­stica e a dimensão histórico-social que implicam modos de dizer e de agir, de reorganização de relações sociais e de exercí­cio de poder. Os dados analisados são constituí­dos pelas publicações das empresas em suas páginas virtuais e pelos comentários dos consumidores e das empresas desdobrados nessas publicações. Defendemos o argumento de que a interação entre empresas e consumidores no Facebook é conduzida sobre uma tensão entre práticas discursivas: de um lado, a prática discursiva organizacional acionada pela empresa e, de outro, a prática discursiva imposta pelos consumidores em busca do atendimento a suas demandas. Essa tensão é determinada pelos modos de enunciação que o mí­dium torna possí­vel.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ERTHAL, A. A. A pluralidade dos meios versus a singularidade do diálogo. In.: GONÇALVES, F; MEDINA FILHO, A. (Org.). Comunicação, organizações e cultura digital. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015, p. 197-219.

JENKINS, H. Cultura da convergência. Tradução de Suzana Alexandria. 2. ed. São Paulo: Aleph, 2009.

KOZINETS, R. V. E-Tribalized Marketing? The Strategic Implications of Virtual Communities of Consumption. European Management Journal, Glasgow, v. 17, n. 3, p. 252–264, 1999. DOI: https://doi.org/10.1016/S0263-2373(99)00004-3

KUNSCH, M. Planejamento de relações públicas na comunicação integradas. 4. ed. São Paulo: Summus, 2003.

MAINGUENEAU, D. Nova tendências em análise do discurso. Tradução de Freda Indursky. ed. Campinas: Pontes, 1997.

______. Gênese dos discursos. Tradução de Sí­rio Possenti. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

______. Análise de textos de comunicação. Tradução de Cecí­lia P. de Souza-e-Silva e Décio Rocha. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

MEDINA FILHO, A. Públicos em rede e comunicação organizacional: imagem, conversações, reputação. In.: GONÇALVES, F; MEDINA FILHO, A. (Org.). Comunicação, organizações e cultura digital. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015, p. 97-119.

PESSOA, F. C. O trabalho com as palavras: espaços de escuta de renormalizações. Ergologia, s/l, s/v, n. 15, p. 63-80, 2016.

RECUERO, R. Redes sociais na internet. 2. ed. Porto Alegre: Sulina, 2014.

SCHWARTZ, Y; DURRIVE, L. (Org.). Trabalho e ergologia: conversas sobre a atividade humana. Tradução coordenada por Jussara Brito e Milton Athayde. 2. ed. Niterói: EDUFF, 2010.

Downloads

Publicado

05-12-2017

Como Citar

MOURA, Murilo Coelho de; PESSOA, Fátima Cristina da Costa. Práticas discursivas e mí­dium: planos discursivos que afetam os modos de enunciação na interação entre empresas e consumidores. Diálogo das Letras, [S. l.], v. 6, n. 02, p. 81–99, 2017. DOI: 10.22297/DL.V6I2.2679. Disponível em: https://homologacaoperiodicos.apps.uern.br/index.php/DDL/article/view/1018. Acesso em: 28 jun. 2025.

Artigos Semelhantes

<< < 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.